Informação sobre trombose, causas, sintomas e tratamento da trombose, identificando o diagnóstico da trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio com dicas que promovam a prevenção da sua ocorrência.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Tratamento da Trombose Venosa Profunda

O tratamento da Trombose Venosa Profunda tem por objetivo principal a prevenção das complicações agudas e das seqüelas tardias. Para tanto, a precocidade e eficácia da terapêutica são fundamentais. Portanto, a identificação dos pacientes com fatores de risco para a doença, mesmo que assintomáticos, deve remeter à lembrança da profilaxia adequada e à busca ativa inclusive com a propedêutica armada. É necessário, para o entendimento da terapia, que se teçam comentários sobre a história natural da doença.
A complicação aguda mais temível e freqüente da Trombose Venosa Profunda é a embolia pulmonar.
Ela ocorre por fragmentação e migração, em direção à artéria pulmonar, do trombo não aderido à parede venosa. Estudos com cintilografia pulmonar mostraram taxas de até 50% de embolia pulmonar em pacientes com Trombose Venosa Profunda documentada, mesmo naqueles assintomáticos. Por outro lado, em pacientes com embolia pulmonar, a trombose venosa foi detectada em 70% dos casos. Embolias maciças podem levar ao comprometimento do sistema cárdio-respiratório e, até à morte. Êmbolos pequenos podem ser clinicamente insignificantes, porém, seu efeito cumulativo pode levar ao cor pulmonale. Ainda na fase aguda, e não menos temível que a embolia, a phlegmasia dolens é um quadro raro em nossos dias.
Deve ser identificada e prontamente tratada para que se evite a gangrena venosa.
A dor, quadro presente em cerca de 50% dos pacientes sintomáticos, deve ser tratada com analgésicos comuns e elevação dos membros que tem por finalidade ajudar na redução da dor, facilitar o retorno venoso e conseqüentemente dimiuir o edema.
Cabe ressaltar que a propriedade anti-inflamatória da heparina, droga fundamental na terapêutica desses pacientes como veremos mais adiante, também é útil para atenuar este sintoma.
Os anti-inflamatórios não hormonais devem ser usados com muito critério, visto que potencializam a ação da heparina e aumentam o risco de sangramentoc no organismo, particularmente no trato gastro-intestinal. A complicação tardia da Trombose Venosa Profunda é a síndrome pós-trombótica. A maioria dos médicos não associa o tratamento inicial à gravidade da seqüela e sim, acham que esta é uma evolução inexorável da doença independentemente do tratamento na fase aguda. Acreditamos que a Trombose Venosa Profunda e a síndrome pós-trombótica sejam fases distintas da mesma doença e que a busca por terapias seguras que aumentem a fibrinólise seja o caminho para diminuir a lesão valvar e a obstrução residual.

Sintomas da Trombose Venosa Profunda

A Trombose Venosa Profunda, dependendo de sua localização, pode causar dor na musculatura posterior da perna, na coxa ou na região inguinal; no entanto, por vezes ela evolui assintomaticamente.
Nos membros superiores, a dor limita-se ao braço e antebraço. Há apenas uma pequena correlação entre a extensão e localização do processo trombótico e o local da dor. Embora a dor seja usualmente limitada à panturrilha nas tromboses de veias de perna, quando o acometimento é de veias mais proximais, a dor pode apresentar-se difusa ou em qualquer segmento do membro, raramente sendo muito intensa. Habitualmente é referida como queimação, cãibra ou sensação de peso, tendo caráter insidioso e intensidade variável, mais branda com o repouso e mais intensa com o esforço. O exame do membro pode revelar dor em pontos específicos de trajetos venosos à palpação. O sinal da dorsiflexão dolorosa (Homans) é de baixa sensibilidade e especificidade, sendo sua presença ou ausência inexpressivas. Quando presente, o edema unilateral ou assimétrico é o melhor sinal de Trombose Venosa Profunda.
Edemas bilaterais estão, mais comumente, relacionados a doenças sistêmicas, exceção feita à trombose da veia cava inferior. Na maioria das vezes, o edema fica restrito ao tornozelo na trombose de veias da panturrilha. Nos casos de trombose ilíaco-femoral o edema pode acometer todo o membro; nesta condição pode aparecer o quadro de phlegmasia alba dolens, onde, ao lado do edema difuso, há também palidez cutânea acentuada da extremidade decorrente de espasmo arterial. O comprometimento das veias musculares da panturrilha torna a musculatura mais túrgida, fato perceptível à palpação da região com o joelho fletido (sinal da bandeira). Apesar de pouco comum, a distensão do sistema venoso superficial no território da obstrução pode ser perceptível à visualização direta. É mais comum em região pré-tibial (veias sentinelas de Pratt), em regiões inguinais e supra-púbica nas tromboses de território ilíaco-femoral e no ombro nas oclusões de veia subclávia.
Cianose cutânea pode ser observada em extensão variável dependendo da localização e do comprometimento da trombose. Em casos mais graves onde há trombose venosa extensa, atingindo inclusive as vênulas e capilares venosos, aparece o quadro de phlegmasia cerulea dolens, que se caracteriza por cianose, petéquias, diminuição de pulsos e síndrome compartimental.
Pode ocorrer choque por represamento de parte da volemia e edema intersticial e, em casos mais graves, gangrena venosa, com alta taxa de mortalidade e de amputações. Do ponto de vista geral, pode ocorrer febre baixa e mal estar inespecífico, além de aumento da temperatura do membro afetado.

Fatores de risco da Trombose Venosa Profunda

Embora a Trombose Venosa Profunda ocorra com freqüência em pacientes sem qualquer antecedente ou predisposição, sua incidência é sabidamente maior em algumas situações.
Em decorrência do estado de hipercoagulabilidade, diminuição da atividade fibrinolítica e imobilidade, pacientes submetidos a operações e vítimas de traumas têm maior incidência de trombose venosa.
Doenças malignas, idade avançada, falência cardíaca, episódio prévio de da Trombose Venosa Profunda, imobilização prolongada, obesidade, varizes, doenças intestinais inflamatórias, sepses, infarto do miocárdio, puerpério, uso de hormônios femininos e viagens longas são alguns dos fatores, que quando presentes, favorecem a ocorrência de trombose. Recentemente, a descoberta das várias formas de trombofilias hereditárias e adquiridas aumentam a gama de pacientes com predisposição para a doença, especialmente aqueles mais jovens.

Diagnóstico da trombose venosa profunda

O diagnóstico da trombose venosa profunda deve ser iniciado pela anamnese e exame físico. Os itens de risco a serem considerados são: história prévia de trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar, câncer; paralisia, paresia, ou imobilização recente do membro inferior; recente confinamento no leito por mais que três dias ou uma grande cirurgia dentro de quatro semanas; sensação dolorosa localizada ao longo da distribuição do sistema venoso profundo; edema em todo o membro inferior; edema na panturrilha (mensurado de forma padronizada, por exemplo, de mais que 3 cm quando comparada com a perna assintomática, medido 10 cm abaixo da protuberância tibial); edema depressível (maior na perna sintomática); dilatação das veias superficiais (não varicosas); diagnóstico diferencial tão ou mais provável quanto a trombose venosa profunda.
A ultra-sonografia é o exame complementar de escolha para a confirmação da trombose venosa profunda. Confirmado o diagnóstico de trombose, iniciar o tratamento medicamentoso imediatamente.
Em resultados duvidosos, realizar a flebografia, caso esta confirme a existência de trombose iniciar tratamento imediatamente, não sendo confirmado o diagnóstico, procurar outras causas que justifiquem o quadro clínico. Nos casos em que a ultrasonografia não confirme a trombose, repetir a mesma em 3 a 7 dias ou realizar a flebografia, havendo confirmação da trombose, iniciar o tratamento imediatamente, não sendo confirmado o diagnóstico, procurar outras causas que justifiquem o quadro clínico.
Nos doentes com trombose venosa profunda nos quais o fator desencadeante não for identificado devem ser procuradas outras causas de trombose, por exemplo, trombofilia, neoplasia, etc.
Pode ser utilizada a escala para diagnóstico da trombose venosa profunda (Wells 1997, Anand 1998) como auxílio na anamnese e exame físico.
A ultra-sonografia para o diagnóstico de trombose venosa profunda nas veias femorais e poplíteas pode ser utilizada em modo cinzento, para as veias distais e ilíacas usar a ultra-sonografia color-doppler.
A dosagem de dímero-D no plasma de pacientes com suspeita de tromboembolismo venoso apresenta alta sensibilidade, porém baixa especificidade, podendo ser utilizada para excluir tromboembolismo venoso em pacientes, não internados, com ultra-sonografia normal, sem necessidade de repetição do exame, e em pacientes com baixa probabilidade de trombose venosa profunda pela escala de Wells.
Na impossibilidade de se realizar exames confirmatórios, diante da suspeita clínica o tratamento deve ser iniciado.
As indicações dos testes de trombofilia nos doentes com tromboembolismo venoso são:
  1. pacientes com menos de 50 anos sem neoplasias,
  2. pacientes com história familiar de tromboembolismo venoso,
  3. familiares jovens de pacientes com trombofilia,
  4. mulheres com história familiar de tromboembolismo venoso que estão grávidas, ou que pretendem engravidar, ou que pretendem tomar anticoncepcional, ou que pretendem reposição hormonal.

Prevenção da trombose venosa profunda

Na prevenção da trombose venosa profunda e do embolisno pulmonar, existem uma ampla variedade de procedimentos que podem ser utilizados. São classificados como mecânicos (por exemplo, meia elástica, compressão pneumática intermitente, fisioterapia motora) ou farmacológicos (por exemplo, heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular, anticoagulante oral), ambos são efetivos e devem ser utilizados sempre que possível, de acordo com o grau de risco de trombose venosa profunda e/ou embolismo pulmonar.

Trombose venosa profunda

Trombose venosa é a formação aguda de trombos (coágulos) no sistema venoso superficial ou profundo, provocando oclusão total ou parcial da veia. Os trombos formam-se espontaneamente ou como resultado de lesão parietal traumática ou inflamatória. Emprega-se a denominação de trombose venosa profunda quando os trombos atingem o sistema venoso profundo e tromboflebite superficial quando as veias superficiais são acometidas.
Os trombos formados em veias profundas e mais raramente no sistema venoso superficial podem se fragmentar e migrar na corrente circulatória (via coração direto) e se alojar na artéria pulmonar e ramos constituindo uma complicação grave frequentemente fatal que é a embolia pulmonar.
Tronbose venosa profunda é muito comum em pacientes hospitalizados, politraumatizados, no pós-operatório de cirurgias de grande porte, em idosos, em gestantes pósparto, portadores de doenças neoplásicas malignas, inflamatórias, infecciosas e degenerativas e pode levar à morte súbita por embolia pulmonar.
Quando na fase aguda da trombose venosa profunda os trombos atingem e ocluem praticamente todo o sistema venoso profundo há dificuldade de perfusão dos tecidos pelo sistema arterial, resultando em quadros gravíssimos de gangrena venosa (trombose maciça), felizmente raros.
na fase aguda da Tronbose venosa profunda há risco iminente de embolia pulmonar e raramente gangrena venosa, mas tardia e cronicamente este problema poderá cursar com síndrome pós-trombótica (edema, varizes secundárias, dermite ocre, etc.) nos membros inferiores.

Tipos de Trombose

Segundo a localização do trombo, existem dois tipos de trombose, a trombose arterial e a trombose venosa.
Essas patologias são referidas como tendo etiologias diferentes, sendo que a associação com as alterações das proteínas dos mecanismos coagulante e anticoagulante ocorre, principalmente, nos casos de trombose venosa.
A trombose arterial resulta, geralmente, de um processo de alteração da parede dos vaos, por exemplo aterosclorose.
O mecanismo pelo qual o trombo se propaga a partir do sítio inicial permanece sem explicação e em muitas formas da trombose arterial a fisiopatologia é incerta.
Na trombose venosa, geralmente, a parede vascular não apresenta alteração histológica e fatores extrínsecos ao vaso parecem desempenhar o papel principal na fisiopatologia. O trombo venoso desenvolve-se sob condições de fluxo sanguíneo lento, sendo aumentado por um novo retardo e estagnação do fluxo.

Prevenção de trombose

Dada a sua gravidade, importa saber quem está em risco de desenvolver trombose e preveni-la.
O risco de trombose das coronárias (artérias do coração) que ocasiona ataque cardíaco e o risco de trombose cerebral, que causa trombose (AVC), pode ser diminuído por redução das situações que facilitam a trombose e reduzindo a aterosclerose.
O tratamento com a toma regular de aspirina pode ajudar a reduzir o risco de trombose arterial mas ainda não está provado que reduza a trombose venosa.
O risco de trombose venosa profunda pode ser diminuído evitando o peso em excesso, a falta de actividade física prolongada, especialmente evitando estar longos períodos de tempo sentado com as pernas caídas para baixo. Este aspecto é importante nas viagens prolongadas e em qualquer tipo de transporte.
Recomenda-se que se faça exercício com as pernas, levantar e andar um pouco para que o sangue flua através das veias.

Causas de trombose

Conforme referimos na descrição de trombose, uma trombose resulta da existência de um coágulo ou trombo numa artéria ou numa veia. Pode dizer-se que um trombo é um coágulo de sangue.
De um modo geral, o trombo não se forma no interior de um vaso (artéria ou veia) saudável, porque a sua cobertura interior impede a formação do trombo. Quando o interior do vaso é lesionado, seja porque razão for, a superfície deixa de ser tão lisa, podendo dar origem ao início do processo de trombose.
A principal causa de trombose é a aterosclerose.
A aterosclerose torna o interior das artérias rugosas e com placas (com colesterol) elevadas no interior dos vasos, embora a trombose também se possa formar no interior de vasos sãos.
Geralmente, a tendência para a coagulação pode ser ocasionada por alterações hormonais ou bioquímicas. Esta tendência pode ser maior durante a gravidez, nas mulheres que tomam contraceptivos orais (pílula), nas pessoas com cancro que afecte os vasos sanguíneos e nas que possuem o sangue espesso (com policitemia, doença ocasionada pelo aumento do número de células do sangue).
A trombose nas veias é facilitada por pressão local, inflamação (tromboflebite) e por estagnação do sangue, resultante da falta de actividade física.

Tratamento da trombose de veia porta

O tratamento da trombose de veia porta varia de acordo com o tempo de início do quadro (agudo ou crônico), apresentação clínica, fatores etiológicos associados e idade dos pacientes. Os objetivos do tratamento devem ser::
  1. reverter ou prevenir progressão da trombose do sistema porta e
  2. tratar as complicações já presentes, principalmente as varizes esofagogástricas e alterações biliares. 
Resolução espontânea acontece em poucos casos e em frequência mais baixa do que a observada nos pacientes que recebem tratamento.

Fisiopatologia da Trombose da veia porta

A obstrução da veia porta reduz até dois terços do fluxo sanguíneo hepático. Interessantemente, enquanto a obstrução aguda pode resultar em insuficiência hepática grave e até óbito, a obstrução com evolução crônica é geralmente bem tolerada pelos pacientes, que permanecem assintomáticos por longos períodos.
Essa condição pode ser explicada pela existência de alguns mecanismos compensatórios, que tentam manter o fluxo sanguíneo hepático. O primeiro mecanismo é a vasodilatação reflexa imediata da artéria hepática, que também é observada durante procedimentos cirúrgicos nos quais a veia hepática é clampada.
O segundo mecanismo decorre da formação de vasos colaterais que envolvem e ultrapassam a região trombosada, formando, após aproximadamente três a cinco semanas, uma neoformação venosa denominada “cavernoma” ou “transformação cavernomatosa”.
Essas alterações podem ainda ser insuficientes para aliviar a pressão no sistema porta, o que pode levar então à formação dos fluxos hepatofugos através dos shunts espontâneos. Estes últimos podem se tornar proeminentes, apresentar manifestações clínicas e até necessitar de correção cirúrgica.
Além desses mecanismos compensatórios, o fígado consegue manter funcionamento adequado por certo tempo, mesmo com fluxo sanguíneo reduzido.
Essa redução estimula a apoptose de alguns hepatócitos em regiões com menos fluxo de forma gradual e aumenta a atividade mitótica em regiões mais bem irrigadas. A perda gradual de hepatócitos pode resultar na ocorrência de quadros leves a moderados de insuficiência hepática nos estágios avançados da doença.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Trombose da veia porta

A trombose da veia porta é a causa mais comum de hipertensão portal pré-hepática. As fístulas arteriovenosas, envolvendo o fígado ou a circulação esplâncnica, são a segunda causa mais comum.
Dentre as causas de trombose da veia porta, podemos ter a desidratação, estados de choque, neoplasias malignas como hepatocarcinomas ou metástases hepáticas, carcinoma de pâncreas, leiomiossarcoma primário da veia porta, pancreatite crônica, hepatites, esplenectomia, estados de hipercoagulabilidade como a gravidez, pileflebite (processo infeccioso envolvendo a veia porta, decorrente, por exemplo, de apendicite aguda ou sepse abdominal), outras coagulopatias, invasão portal por tumores extra-hepáticos, compressão da veia porta (por pancreatite aguda, linfonodos), trauma, cateterismos, aumento da resistência ao fluxo (casos de cirrose, Budd-Chiari, esquistossomose hepatoesplênica), onfalite neonatal e mesmo após escleroterapia de varizes esofagianas. As cirurgias de derivação (mesentérico-cava, porto-cava, espleno-renal distal) e de desconexão (desconexão ázigo-portal (DAPE) e esplenectomia) também podem apresentar como complicação a trombose da veia porta ou de outros vasos relacionados ao tronco venoso espleno-mesentérico-portal.

Tratamento de infarto do miocárdio

O infarto do miocárdio é uma emergência médica. Metade das mortes por infarto do miocárdio ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. O quanto antes for iniciado o tratamento médico, principalmente na primeira ou na segunda hora do início dos sintomas, maiores serão as probabilidades de sobrevivência. Neste caso, boa parte do músculo cardíaco poderá ser salva se a obstrução da artéria coronária puder ser desfeita. Como a área do infarto torna-se menor, o funcionamento do coração é em boa parte preservado e raramente o paciente poderá apresentar insuficiência cardíaca. Qualquer indivíduo com sintomas sugestivos de infarto do miocárdio deve procurar ajuda médica imediata.
Geralmenté, os pacientes são encaminhados a um hospital que possua unidade coronariana. Nessa unidade, o ritmo cardíaco, a pressão sangüínea e a quantidade de oxigênio existente no sangue devem ser rigorosamente monitorados para segurança do paciente.

Diagnóstico de infarto do miocárdio

Sempre que um paciente queixar-se de dor torácica, o médico deve levantar-se a possibilidade de um infarto do miocárdio. No entanto, vários outros distúrbios podem provocar dor semelhante: uma pneumonia, um coágulo sangüíneo em um pulmão (embolia pulmonar), uma inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite), uma fratura de costela, um espasmo esofágico (contração do esôfago). Geralmente, o eletrocardiograma (ECG) e determinados exames de sangue podem confirmar o diagnóstico.
O ECG é um exame de grande importância para o diagnóstico do infarto do miocárdio. Permite localizar o local do infarto no coração e auxilia o médico na sua evolução.
Quando ocorre o infarto, algumas substâncias são liberadas pelas células do músculo cardíaco e detectadas na corrente sangüínea. São conhecidas como marcadores de necrose miocárdica e confirmam o diagnóstico.
Quando os resultados do ECG e dos marcadores de necrose não fornecem informações suficientes, pode ser realizado um ecocardiograma ou uma cintilografia (exame com radioisotópicos).
Se o ecocardiograma mostrar redução parcial dos movimentos da parede do ventrículo esquerdo (a parte do coração que bombeia sangue para o restante do corpo), sugere uma lesão devida a um infarto do miocárdio.
A cintilografia pode mostrar uma redução persistente no fluxo sangüíneo em uma região do rniocárdto, sugerindo a existência de cicatriz (tecido morto), causada por um infarto do miocárdio.

Sintomas de infarto do miocárdio

A maior parte das pessoas com infarto do miocárdio queixa-se de dores torácicas intermitentes, falta de ar ou fadiga, alguns dias antes do ataque. Os episódios de dor podem tornar-se mais freqüentes, mesmo após esforços físicos cada vez menores. Geralmente, o sintoma mais comum é a dor localizada na região do peito, que pode irradiar-se .para as costas, a mandíbula, o braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito.
A dor de um infarto do miocárdio costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso Ou aperto sobre o tórax. Menos frequentemente,. a dor é localizada no abdómen, podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo. Outros sintomas incluem sudorese (suor em excesso), sensação de falta de ar e alteração no ritmo dos batimentos cardíacos.
Os lábios, as mãos ou os pés podem tornar-se discretamente azulados (cianóticos). Em indivíduos diabéticos, o infarto do miocárdio pode apresentar-se sem sintomas de dor e o paciente deverá procurar auxílio médico horas ou dias após o evento.

Causas de infarto do miocárdio

Em geral, a capacidade do coração de manter o bombeamento de sangue após um infarto do miocárdio está diretamente relacionada à extensão e a localização da área lesada.
Como cada artéria coronária irriga uma região específica do coração, a localização da lesão é determinada pela artéria obstruída. Quanto mais extensa a área do infarto, maior a chance de o paciente desenvolver um enfraquecimento do músculo cardíaco. Nesta situação, o coração não consegue bombear adequadamente o sangue pelo nosso corpo, e o paciente poderá desenvolver insuficiência cardíaca.
A principal causa do infarto do miocárdio é aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas de gordura na artéria coronária ao longo dos anos, causando dificuldade para a passagem do sangue. Por motivos ainda não esclarecidos, essas placas podem romper-se, formando-se no local um coágulo, o que causa a obstrução da artéria coronária. A região do coração que é nutrida pelo sangue proveniente dessa artéria fica prejudicada, e, se o fluxo coronário não for rapidamente restabelecido, essa parte do coração perderá o seu funcionamento.
Uma causa rara de infarto do miocárdio é um coágulo originado no próprio coração. Às vezes, um coágulo (chamado êmbolo) forma-se no coração, desprega-se e aloja-se em uma artéria coronária.
Outra causa incomum é o espasmo (uma espécie de rigidez súbita) de uma das artérias coronárias, que interrompe o fluxo sanguíneo. O espasmo pode ser causado por drogas (como a cocaína e o fumo), mas, algumas vezes, sua causa é desconhecida.

Infarto do miocárdio

O infarto do miocárdio é uma emergência médica. Nele, parte do fluxo de sangue que chega ao coração pelas artérias coronárias sofre redução ou interrupção súbita e intensa, produzindo morte do músculo cardíaco (miocárdio), porfalta de oxigênio.

Prevenir o Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O maior factor de risco para um AVC é uma má alimentação. Os alimentos com alto teor de gorduras podem levar a um acúmulo de placas gordas nas artérias, e o excesso de peso pode causar tensão arterial alta (hipertensão). Recomenda-se uma dieta com baixo teor de gorduras e alto teor de fibras, com muita fruta fresca e vegetais (cinco porções por dia), bem como cereais. O exercício regular (um mínimo de 30 minutos, cinco vezes por semana) tornará o seu coração e a circulação sanguínea mais eficiente, baixando o colesterol e mantendo a tensão arterial a um nível saudável. Evite fumar, pois este é um dos principais factores de risco de AVC porque aumenta a tensão arterial e pode causar o acúmulo de placas gordas nas artérias.
Não beba mais do que a quantidade recomendada de álcool.

Tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O tratamento para o AVC dependerá da sua causa. Existem vários medicamentos que podem ser usados para reduzir as probabilidades de nova formação de coágulos sanguíneos.
Também existem medicamentos para baixar a tensão arterial e o colesterol no sangue.
Alguns AVCs isquémicos são causados por um bloqueio na artéria carótida, que é a artéria principal no pescoço. Poderá ser necessária uma cirurgia para desbloquear a artéria.
O cirurgião irá fazer uma incisão no pescoço para abrir a artéria carótida e retirar o bloqueio.
Muitas vezes é necessária uma cirurgia de emergência para tratar os AVCs hemorrágicos para drenar o sangue do cérebro e reparar vasos sanguíneos que tenham rebentado.
Normalmente, isto é feito através de um procedimento cirúrgico chamado craniotomia.

Causas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Os AVCs isquémicos ocorrem com a formação de coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo ao cérebro. Os coágulos sanguíneos geralmente formam-se em áreas onde as artérias estão mais estreitas. À medida que envelhecemos, as nossas artérias  icam mais estreitas, mas alguns factores de risco podem acelerar perigosamente este processo: fumar, tensão arterial alta (hipertensão), obesidade, uma alimentação rica em colesterol e diabetes. Os AVCs hemorrágicos ocorrem com a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro. A causa principal para este tipo de AVC é a tensão arterial alta, que pode enfraquecer as artérias no cérebro e torná-las susceptíveis a romperem. A tensão arterial alta pode ser causada pela obesidade, consumo elevado de álcool, fumar, falta de exercício e stress.
O AVC hemorrágico também pode por vezes ocorrer como resultado de um traumatismo craniano.

Sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Se achar que você ou outra pessoa está a ter um AVC, deve procurar assistência médica imediata ligando para o número de emergência médica. Os sintomas de um AVC são geralmente súbitos e podem incluir torpor ou fraqueza num dos lados do corpo, fraqueza na face, tonturas, dificuldade em caminhar ou entender os outros e dores de cabeça fortes.
Os sintomas de um ataque isquémico transitório são os mesmos do que para um AVC, mas duram entre alguns minutos a algumas horas, antes de desaparecerem por completo.
No entanto, nunca deverá ignorar um ataque isquémico transitório, pois é um sinal de alerta de que existem problemas com o fornecimento de sangue ao cérebro. Se já teve um ataque destes, deve consultar imediatamente o seu médico de família, o hospital da sua área ou um serviço de atendimento fora de horas, para organizar uma avaliação especializada.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um problema sério provocado por um distúrbio no fornecimento de sangue ao cérebro. Se o fornecimento de sangue for limitado ou interrompido, as células do cérebro começam a morrer, o que pode levar a lesões cerebrais e possivelmente morte.
Os AVCs são uma emergência médica que requer tratamento imediato, pois quanto mais depressa a pessoa receber tratamento, menor será a probabilidade de lesões. Existem dois tipos principais de AVCs: isquémico e hemorrágico. O AVC isquémico é causado por um coágulo sanguíneo que impede o fornecimento de sangue. O AVC hemorrágico é causado pela ruptura dos vasos sanguíneos que fornecem sangue ao coração, provocando lesões cerebrais. Também existe um problema relacionado que se chama ataque isquémico transitório e que ocorre com a interrupção temporária do fornecimento de sangue ao cérebro, provocando um mini AVC.
Estes ataques devem ser levados muito a sério porque muitas vezes são um alerta de que está para vir um AVC maior. Os AVCs podem ser tratados com uma combinação de cirurgia e medicamentos.

Trombose

Uma trombose resulta da existência de um coágulo ou trombo numa artéria ou numa veia. Pode dizer-se que um trombo é um coágulo de sangue.
A trombose é uma situação anormal e na maioria das vezes, perigosa porque pode reduzir ou obstruir o fluxo de sangue nessas veias ou artérias.
Quando a trombose se forma em artérias importantes como as coronárias, que fornecem sangue ao coração causa ataque cardíaco. Se a trombose se localiza nas artérias cerebrais surge o acidente vascular cerebral (AVC) vulgarmente conhecido como trombose. O ataque cardíaco e a trombose são doenças que constituem as principais causas de morte, principalmente em países mais desenvolvidos.
Uma trombose formada nas artérias que fornecem o sangue às pernas ocasiona dor ao andar. A situação é grave se existir dor no repouso.
Se o fluxo de sangue às pernas for impedido completamente forma-se uma gangrena. Se o trombo se tiver formado nas artérias que fornecem o sangue aos intestinos, estes também gangrenam. A trombose das artérias dos rins ocasiona lesão destes.
Estes casos são situações de emergência que obrigam geralmente a uma cirurgia.
Uma trombose nas veias profundas das pernas causa inchaço, vermelhidão e dor nas pernas. O coágulo pode partir-se e ser levado pela corrente sanguínea e alojar-se no pulmão ocasionando uma embolia pulmonar, causando frequentemente morte súbita e inesperada.
A trombose numa veia superficial das pernas não está relacionada com a trombose venosa profunda e não é perigosa. Pode ser provocada por uma infecção da pele ou outra causa.

Índice de todos os artigos do Blog relativos a Trombose

Para se tornar mais fácil localizar os artigos deste blog relativos a tudo o que diz respeito a TROMBOSE, aqui fica um índice com todos os artigos:
  1. Trombose
  2. Tipos de Trombose
  3. Causas de Trombose
  4. Prevenção de Trombose
  5. Trombose venosa profunda
  6. Prevenção da trombose venosa profunda
  7. Diagnóstico da trombose venosa profunda
  8. Fatores de risco da Trombose Venosa Profunda
  9. Sintomas da Trombose Venosa Profunda
  10. Tratamento da Trombose Venosa Profunda
  11. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  12. Sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  13. Causas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  14. Tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  15. Prevenir o Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  16. Infarto do miocárdio
  17. Causas de infarto do miocárdio
  18. Sintomas de infarto do miocárdio
  19. Diagnóstico de infarto do miocárdio
  20. Tratamento de infarto do miocárdio
  21. Trombose da veia porta
  22. Fisiopatologia da Trombose da veia porta
  23. Tratamento da Trombose de veia porta

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