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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Tratamento da Trombose Venosa Profunda

O tratamento da Trombose Venosa Profunda tem por objetivo principal a prevenção das complicações agudas e das seqüelas tardias. Para tanto, a precocidade e eficácia da terapêutica são fundamentais. Portanto, a identificação dos pacientes com fatores de risco para a doença, mesmo que assintomáticos, deve remeter à lembrança da profilaxia adequada e à busca ativa inclusive com a propedêutica armada. É necessário, para o entendimento da terapia, que se teçam comentários sobre a história natural da doença.
A complicação aguda mais temível e freqüente da Trombose Venosa Profunda é a embolia pulmonar.
Ela ocorre por fragmentação e migração, em direção à artéria pulmonar, do trombo não aderido à parede venosa. Estudos com cintilografia pulmonar mostraram taxas de até 50% de embolia pulmonar em pacientes com Trombose Venosa Profunda documentada, mesmo naqueles assintomáticos. Por outro lado, em pacientes com embolia pulmonar, a trombose venosa foi detectada em 70% dos casos. Embolias maciças podem levar ao comprometimento do sistema cárdio-respiratório e, até à morte. Êmbolos pequenos podem ser clinicamente insignificantes, porém, seu efeito cumulativo pode levar ao cor pulmonale. Ainda na fase aguda, e não menos temível que a embolia, a phlegmasia dolens é um quadro raro em nossos dias.
Deve ser identificada e prontamente tratada para que se evite a gangrena venosa.
A dor, quadro presente em cerca de 50% dos pacientes sintomáticos, deve ser tratada com analgésicos comuns e elevação dos membros que tem por finalidade ajudar na redução da dor, facilitar o retorno venoso e conseqüentemente dimiuir o edema.
Cabe ressaltar que a propriedade anti-inflamatória da heparina, droga fundamental na terapêutica desses pacientes como veremos mais adiante, também é útil para atenuar este sintoma.
Os anti-inflamatórios não hormonais devem ser usados com muito critério, visto que potencializam a ação da heparina e aumentam o risco de sangramentoc no organismo, particularmente no trato gastro-intestinal. A complicação tardia da Trombose Venosa Profunda é a síndrome pós-trombótica. A maioria dos médicos não associa o tratamento inicial à gravidade da seqüela e sim, acham que esta é uma evolução inexorável da doença independentemente do tratamento na fase aguda. Acreditamos que a Trombose Venosa Profunda e a síndrome pós-trombótica sejam fases distintas da mesma doença e que a busca por terapias seguras que aumentem a fibrinólise seja o caminho para diminuir a lesão valvar e a obstrução residual.
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